20 de abril de 2024 - SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: UM UNIVERSO INFINITO DE POSSIBILIDADES

Os avanços na tecnologia de inteligência artificial (IA) estão mudando a maneira como vivemos e trabalhamos. Na saúde, os avanços estão ajudando os médicos a diagnosticar doenças e proporcionando aos pacientes a possibilidade de uma melhor qualidade de vida.

Ainda não somos capazes de "prever" até onde iremos chegar com os avanços dessa tecnologia.  Há um universo infinito de possibilidades para se pensar!

Na rotina diária, o uso da inteligência artificial em tarefas como compreensão da voz, processamento de linguagem natural e reconhecimento de imagem e pode nos ajudar muito a reduzir a carga de trabalho e melhorar a eficiência em muitas áreas. De fato, já vivemos em uma sociedade impactada por ela! 

Do ponto de vista psíquico, a meu ver, há preocupação no que tange a dois aspectos: o alcance que a inteligência artificial pode ter nos relacionamentos interpessoais e os limites éticos que essa tecnologia pode precisar “vir a ter”.

Em verdade isso já acontece há algum tempo! Por exemplo,  o modo de funcionamento dos Apps de encontro...eles cruzam o perfil do usuário com outros que o serviço de IA acha compatíveis. O risco nesse caso está em pessoas que ficam dependentes desses aplicativos, não conseguindo se vincular afetivamente a outras pessoas de forma presencial, por medo da rejeição, afinal é tão "mais fácil" deslizar o dedo na tela para "escolher" ou não alguém!

Ao preferir delegar seu poder de escolha parcial ou totalmente à inteligência artificial estamos deixando de se implicar nessas escolhas… Algo importante a se considerar.

O limite ético de uma ferramenta de IA foi amplamente discutido na ocasião de um escândalo, envolvendo o Facebook uns anos atrás, em que "soubemos" que as Redes Sociais têm acesso a praticamente tudo o que fazemos: onde vamos, compramos, nos alimentamos, pesquisamos, o que estamos sentindo, etc. Só então foram divulgadas possibilidades de limitar esse rastreio, seja nas configurações da rede social ou nos smartphones (a Apple passou a oferecer configurações de privacidade mais amplas do que antes).

Um admirável mundo novo…em que já transitamos e, penso eu, devemos nos atentar a cuidar de nossa privacidade e responsabilidade de como nos relacionamos com ele!


Autora: Adriana Araújo de Medeiros

Psicóloga Clínica e Hospitalar

Membro do Grupo de Estudos de Cuidados Paliativos

Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia.


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