27 de abril de 2024 - SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Obesidade

Cerca de 29% a 40% dos pacientes com Insuficiência Cardíaca estão em sobrepeso, e 30% a 49% são obesos, com prevalência significativamente maior para pacientes com ICFEp em comparação com ICFEr. O excesso de peso está associado a alterações hemodinâmicas e anatômicas do sistema cardiovascular, e evidências recentes sugerem sua relação com alterações metabólicas, inflamatórias e hormonais, como a resistência à insulina que pode, em parte, potencializar a ligação entre obesidade e Insuficiência Cardíaca. No entanto, não existem estudos prospectivos com evidências de que o IMC mais alto é definitivamente deletério e de que a perda de peso seria benéfica ou segura em ICFEr, embora possa ser recomendável para alívio de sintomas e controle de fatores de risco.

A relação da obesidade como fator desencadeante ou agravante de doença cardiovascular, particularmente na Insuficiência Cardíaca, nem sempre é clara. Estudos observacionais sugerem a existência de um fenômeno caracterizado como “paradoxo da obesidade” nos pacientes com Insuficiência Cardíaca. Considerando a natureza observacional destas pesquisas e a ausência de estudos prospectivos de intervenção neste cenário, as diretrizes não recomendam orientações formais de dieta para pacientes com sobrepeso e obesidade leve, com objetivo de alterar a evolução da síndrome. Parece razoável propor que, em indivíduos em risco de desenvolver Insuficiência Cardíaca, deva-se buscar a manutenção de peso adequado por dieta saudável e que, na coexistência de Insuficiência Cardíaca e obesidade mórbida (IMC < 40 kg/m²), devamos almejar redução de peso com o uso de estratégias preconizadas em diretrizes internacionais.

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