04 de maio de 2024 - SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Líquidos

A restrição de líquidos é comumente prescrita para pacientes com hiponatremia na IC aguda ou descompensada. A hiponatremia e a congestão refratária a diuréticos são comuns na IC avançada e estão associadas a desfechos clínicos ruins, enquanto o controle da hiponatremia demonstrou melhorar os desfechos clínicos (5). 

Embora a restrição de líquidos seja uma recomendação comum para pacientes com IC, as evidências são fracas, baseadas em poucos estudos. Um estudo mostrou melhora discreta da hiponatremia em pacientes com IC aguda ou descompensada, com restrição de líquidos (10). 

Em outro estudo, a restrição de líquidos melhorou a qualidade de vida em pacientes com ICFEr e ICFEp (classe I a IV da NYHA) (11).  Outros estudos avaliando restrição hídrica, não demonstraram redução das taxas de hospitalização ou mortalidade, mudanças na sede e duração do uso de diuréticos intravenosos (12). 

Nas Diretrizes da Sociedade Européia de Cardiologia, de 2012 a restrição de líquidos foi substituída pelas recomendações "evitar a ingestão excessiva de líquidos", "a restrição de líquidos baseada no peso pode causar menos sede” (6). 

Na prática clínica, nos serviços hospitalares, pacientes com sintomas de congestão, mantém prescrição de restrição hídrica variando de 800 a 1500 mL ao dia, incluindo além da água para sede e medicação, o volume dos líquidos das refeições e teor de água de alguns alimentos, como por exemplo frutas mais suculentas. Para maior adesão a esta estratégia a orientação e o diálogo aberto com o paciente são fundamentais, para que seja possível decidir em conjunto qual a melhor forma de distribuir a ingestão de líquidos ao longo do dia, minimizando assim a terrível sensação de sede.

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