Volume 35 - Número 2

A vacinação do cardiopata e do idoso faz parte do contexto do envelhecimento saudável. As vacinas previnem doenças potencialmente graves, internações, sequelas e óbitos, protegem da descompensação de doenças crônicas causadas por infecções e se demonstrou prevenirem eventos cardiovasculares e cerebrovasculares agudos. Para os cardiopatas com menos de 60 anos, a indicação das vacinas deve ser individualizada. Para os idosos, a vacina da influenza está recomendada anualmente, tanto a convencional quanto a de alta concentração. As pneumocócicas estão indicadas em todos e pode ser feita com a VPC20 isolada, ou com esquema sequencial com VPC15 ou VPC13, seguidas da VPP23 seis a doze meses após. A vacina do herpes zoster está recomendada para todas as pessoas a partir dos 50 anos de idade, em duas doses com intervalo de dois a seis meses. A vacina do vírus sincicial respiratório (VSR) tem indicação em dose única para indivíduos a partir dos 70 anos de idade e, para os portadores de morbidades, incluindo cardiopatas, a partir dos 60 anos. A tríplice bacteriana do tipo adulto (dTpa — difteria, tétano e coqueluche) está recomendada para todos, com reforços a cada 10 anos. A vacinação contra a COVID-19 deve ser aplicada a cada seis meses, com a versão mais atualizada disponível da vacina. A da hepatite B deve ser aplicada em idosos suscetíveis não anteriormente vacinados, com esquema de três doses e, para a vacinação contra a febre amarela, pelo risco de eventos adversos graves em maiores de 60 anos, deve-se avaliar cada caso.