A detecção de fibrilação atrial (FA) subclínica é um achado frequente em portadores de dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis e associa-se a um risco aumentado de acidente vascular cerebral (AVC). O estudo ARTESiA, publicado em 2023, teve como objetivo avaliar os efeitos da apixabana nesse grupo de pacientes. Após um seguimento médio de 3,5 anos, os autores reportaram menor incidência de AVC ou embolia sistêmica no grupo apixabana em comparação com o grupo aspirina (risco relativo: 0,63; IC 95%: 0,45–0,88; p=0,007) às custas de aumento nas taxas de sangramento não fatais e não ameaçadores à vida. Esses dados fornecem evidências de que a apixabana é uma opção de tratamento eficaz para pacientes com FA subclínica e pode ter impacto significativo na prática clínica e na gestão dessa população.