QUANDO E COMO ESTRATIFICAR O RISCO DE MORTE SÚBITA EM ATLETAS

WHEN AND HOW TO STRATIFY THE RISK OF SUDDEN DEATH IN ATHLETES
Fernando Piza de Souza Cannavan, Priscila Moreno Sperling Cannavan, Laura Gonçalvez Piza Cannavan

A morte súbita (MS) em atletas é um evento catastrófico, ainda mais quando se leva em conta a associação entre esporte e saúde. A incidência de morte súbita associada ao esporte é maior em indivíduos do sexo masculino, com doença cardiovascular (DCV) ou ao menos um fator de risco para DCV e em atletas afro-americanos. As causas mais comuns de MS em atletas estão relacionadas a doenças cardíacas que podem cursar com arritmias ventriculares malignas, como taquicardia ventricular e fibrilação ventricular. Doenças como a miocardiopatia hipertrófica, a origem anômala de coronária, a hipertrofia idiopática do ventrículo esquerdo, a miocardite e a cardiomiopatia arritmogênica estão entre as principais doenças estruturais relacionadas à MS em atletas. A síndrome de morte súbita arrítmica, quando não se encontra uma doença cardíaca estrutural, está provavelmente relacionada a doenças arritmogênicas primárias, como a síndrome de Wolff-Parkinson-White, a síndrome do QT longo congênito e a síndrome de Brugada, entre outras. A avaliação clínica pré-participação esportiva, associada ao eletrocardiograma e, em casos específicos, ao teste genético, deve ser realizada de maneira sistemática, com o objetivo de se identificar doenças cardiovasculares que caracterizem potenciais riscos para a prática de exercícios. É importante que profissionais da saúde estejam treinados para identificar riscos aumentados nessa população.

VOLUME 34 - Nº 1

Janeiro/Março 2024

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