O diagnóstico das cardiopatias congênitas engloba várias anormalidades anatômicas docoração e das grandes artérias ainda no período fetal. Os métodos de tratamento modernossão direcionados principalmente para o reparo cirúrgico desses defeitos estruturais. Essasabordagens de tratamento são consideravelmente prolongadoras da vida, mas principalmentenão curativas, resultando em resíduos e sequelas cardiovasculares persistentes ao longoda vida como, por exemplo, shunts residuais, lesões valvulares ou implantação de materiaisprotéticos, causando um risco inerente de endocardite infecciosa nesses pacientes na faseadulta. Assim, a saúde bucal em pacientes com cardiopatia congênita ganha particularimportância. Metodologia: Este estudo é uma revisão integrativa da literatura que envolveuas seguintes etapas: identificação do tema, busca na literatura, seleção dos estudos combase em critérios de inclusão pré-estabelecidos, análise e compilação dos dados e apresentação dos resultados. Foram incluídos artigos publicados em inglês e que abordassemtratamento odontológico em adultos com cardiopatia congênita, artigos online e disponíveisna íntegra. Discussão: Vários estudos descrevem cenários que podem levar a um aumentoda prevalência de problemas de saúde bucal em pacientes com cardiopatias congênitas,implicando em um efeito sistêmico importante. Implementar ações preventivas relacionadasà prevenção da cárie e doença periodontal e realizar a profilaxia antibiótica adequada sãorecomendações para abordar o risco elevado de endocardite infecciosa. Conclusão: Como onúmero de pacientes com cardiopatias congênitas atingindo a idade adulta está aumentando,devido a melhorias nos cuidados médicos e cirúrgicos, medidas simples como uma boaeducação sobre higiene oral e profilaxia antibiótica pré-procedimentos odontológicos têmforte impacto positivo na prevenção da endocardite infecciosa nesse grupo de pacientes.