28 de março de 2024 - SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
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O impacto da tecnologia naAssistência Farmacêutica

Por Alessandra Santos Menegon

O uso da telemedicina e inteligênciaartificial está causando uma verdadeira revolução na área da saúde. Principalmentenos últimos anos, impulsionada pelas necessidades que surgiram durante apandemia do COVID-19, estes conceitos estão cada vez mais delineando nossocotidiano. Na área da Farmácia, isso não foi diferente. O uso de novastecnologias está mudando a face da assistência farmacêutica no mundo aoimpactar a promoção, o acesso aos medicamentos, o cuidado e a gestão da saúde,por meio de software que possibilitam integrar informações precisas parao desenvolvimento de processos inovadores. Exemplos destes são inúmeros: umarápida pesquisa pelo site do Conselho Federal de Farmácia ou em bases de dadoscomo Scielo e Pubmed evidenciam a grande quantidade de software queestão em desenvolvimento para automatizar tarefas logísticas, aumentar asegurança no momento da avaliação de prescrições de medicamentos e dispensação,além de ajudar a aumentar a adesão ao tratamento.

Na área do CuidadoFarmacêutico, uma nova tecnologia está mostrando resultados promissores, a saúdemóvel (mHealth). Definida pela Organização Mundial da Saúde como a oferta de serviços médicose/ou de Saúde Pública que se valem do apoio tecnológico de dispositivos móveis,ela é de baixo custo, fácil acesso e fácil de usar, e tem o potencial deatingir uma população global nunca antes observada em serviços de saúde. Noprimeiro trimestre de 2021, havia cerca de 53.054 aplicativos mHealthdisponíveis na Google Play Store, número significativamente maior em relação aomesmo período de 2015, no qual havia cerca de 23.955 aplicativos disponíveis naplataforma. Com a facilidade de aquisição de conhecimento por meio daInternet móvel, é inegável que essa tecnologia será parte integrante do futurodos cuidados com a saúde. Essa foi a conclusão de uma análise nos EstadosUnidos que demostrou que um em cada três proprietários de celulares usavam seudispositivo para procurar aconselhamento sobre cuidados de saúde e 19% baixavamaplicativos relacionados à saúde em seu dispositivo.

Mediante desses avançostecnológicos e com a integração das informações, os farmacêuticos devem sepreparar para atuar por meio desta revolução. Muitos destes profissionais que trabalhamno atendimento ao público perdem muito tempo se dedicando a tarefas logísticase burocráticas que poderiam ser automatizadas por modelosinteligentes. Com a automatização de funções logísticas, o farmacêuticopoderia se dedicar à atividade em que é mais útil à população - a clínica.Assim, com auxílio da tecnologia, a assistência farmacêutica poderá focar namelhor farmacoterapia para cada população e, via a consolidação do cuidadofarmacêutico, irá se aproximar cada vez mais do objetivo final de qualquerprofissão da área da saúde, o paciente.

 

Referências

  1. World Health Organization. mHealth: new horizons for health through mobile technologies: based on the findings of the second global survey on ehealth. Geneva: World Health Organization; 2011.
  2. Number of mHealth apps available in the Google Play Store from 1st quarter 2015 to 1st quarter 2021. In Statista - The Statistics Portal. Acessível em: https://www.statista.com/statistics/779919/health-apps-available-google-play-worldwide/.
  3. Keusch, Florian, Alexander Wenz, and Frederick Conrad. "Do you have your smartphone with you? Behavioral barriers for measuring everyday activities with smartphone sensors." Computers in Human Behavior 127 (2022): 107054.

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