28 de março de 2024 - SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
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O inverno chegou há praticamente um mês, mas até agora, com raras exceções, segue quente e ensolarado. As oscilações de temperatura, típicas de países tropicais como o Brasil, não causam estranheza. Este ano, porém, estão aquém do esperado para um período que, segundo expectativas iniciais, teria umas das mais baixas temperaturas dos últimos cem anos. 

A informação, não confirmada, assustou grande parte da população quando surgiu nas redes sociais, sobretudo a que vive nas ruas de São Paulo. Levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), divulgado em 2016, apontou que a capital paulista tem 15.905 moradores de rua, o dobro do existente no ano 2000. No Brasil, segundo dados de 2017 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), existem mais de 100 mil pessoas nessa situação. 

De todo modo, com baixas ou altas temperaturas, a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) adverte que casos de infarto e outras doenças do coração podem aumentar nesse período, no qual há intensa oscilação de temperatura, principalmente entre os idosos, cardiopatas e pessoas que ficam expostas ao tempo, como os moradores de rua.  

O frio, assim como o calor, aumenta os riscos de saúde e pode desencadear e desenvolver doenças cardiovasculares. O presidente da Socesp, Dr. José Francisco Kerr Saraiva, explica que, em baixas temperaturas, o organismo passa por transformações metabólicas para produzir mais calor. Além disso a redução abrupta da temperatura pode levar a altercações da motricidade vascular podendo induzir ao espasmo das artérias coronárias podendo inclusive, em casos mais graves, levar ao infarto do miocárdio e arritmias fatais, afirma Saraiva.

Para Saraiva, os moradores de rua, muitas vezes idosos, já com cardiopatia ou não, às vezes abusam do álcool, com a falsa ideia de se proteger do frio, e acabam sofrendo hipotermia, com risco de morrer. “No inverno, pacientes mais idosos e portadores de cardiopatias crônicas têm mais chances de desenvolver complicações”, salienta o cardiologista.  

Pessoas com maior propensão a doenças nesta época, como cardiopatas, idosos e portadores de outras doenças crônicas, devem proteger-se das baixas e altas temperaturas, agasalhando-se de maneira adequada, reduzindo a exposição ao frio, tomando os medicamentos de uso habitual e se alimentando adequadamente.


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