29 de março de 2024 - SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Acontece entre os dias 31 de maio e 2 de junho, o 39o Congresso da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo), no Transamérica Expo Center.  Na abertura, mesma data em que se comemora o Dia Mundial Sem Tabaco, a Socesp debaterá o alto fator de risco às doenças cardiovasculares causadas pelo cigarro. 

O evento reunirá mais de 7 mil cardiologistas, e no dia 31 será realizada uma pesquisa in loco, através do aplicativo do Congresso, para avaliar como os médicos tratam a questão do tabagismo em consultório. Os resultados serão computados e divulgados ao final do dia.

Para reforçar a importância de discutir a relação entre tabaco e saúde do coração, a OMS (Organização Mundial da Saúde) escolheu o tema “Tabaco e Doença Cardíaca” para celebrar o Dia Mundial Sem Tabaco deste ano. 

Há dois bilhões de fumantes no mundo. O Brasil ocupa o oitavo lugar nesse ranking. “Os números são assustadores: 7,1 milhões de mulheres e 11,1 milhões de homens são fumantes no País“, salienta o cardiologista e presidente da Socesp, Dr. José Francisco Kerr Saraiva. 

“O tabaco é o maior responsável pelas mortes evitáveis em todo o mundo. Embora a fabricação e venda de cigarros seja legal e liberada, a decisão entre comprar ou resistir ao vício é do consumidor”, enfatiza o médico, explicando: “Por isso, com a ação em nosso congresso, proporemos uma reflexão sobre a importância de evitar o tabagismo, crucial no âmbito do principal objetivo da Socesp, que é reduzir o índice de mortalidade por doenças cardiovasculares”. 

O presidente da Socesp comenta que, se as pessoas não passarem a se conscientizar, em 2030 o cigarro matará diretamente oito milhões de indivíduos em todo o mundo. O tabagismo é considerado um dos principais fatores de risco para as doenças não transmissíveis e está em um quadro que corresponde a 40 milhões de mortes no ano. Esse total é equivalente a 70% dos óbitos em todo o mundo. 

Além das complicações cardiovasculares e respiratórias que o cigarro causa à saúde, a economia nacional também é muito onerada. No Dia Mundial sem Tabaco de 2017, o Ministério da Saúde divulgou estudo apontando que o Brasil tem prejuízo anual de R$ 56,9 bilhões devido ao consumo de cigarros e outros derivados do tabaco. São R$ 39,4 bilhões relativos a custos médicos diretos e R$ 17,5 bilhões, indiretos, como a perda de produtividade, provocada pela morte prematura ou incapacitação de trabalhadores.

Intitulada “O Tabagismo no Brasil: morte, doença e política de preços e impostos”, a pesquisa revelou as doenças relacionadas ao tabaco que mais causaram despesas para o Brasil em 2015, nos sistemas de saúde público e privado:  doenças cardíacas; doença pulmonar obstrutiva crônica; cânceres diversos; e pneumonia. Muitos não fumantes são afetados pelo tabagismo passivo, ou seja, aspiram com frequência a fumaça do cigarro de viciados. Em 2015, o tabagismo provou 156.216 mortes no Brasil, cerca de 12% dos óbitos de indivíduos com mais de 35 anos.


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