24 de abril de 2024 - SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Pode ser prejucial à saúde o consumo excessivo de açúcar, tanto na sua forma direta para adoçar sucos, leite, café e chá, como em refrigerantes, chocolates, biscoitos e alimentos industrializados em geral, bolos e doces caseiros. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda apenas 25 gramas diárias, o equivalente a cerca de duas colheres de sopa. 

O açúcar, um carboidrato, embora não sendo o mais calórico, tem absorção e disponibilidade muito mais rápida do que outros macronutrientes (proteína e gordura). Decorre daí a primeira consequência negativa da sua ingestão sistemática acima dos padrões adequados: a possibilidade de engordar. Nesse sentido, é importante lembrar que a obesidade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, à medida que favorece o aumento dos níveis sanguíneos de colesterol e triglicérides, gorduras obstrutivas das artérias. 

A obesidade é, ainda, uma das principais causas do diabetes tipo 2, e esta doença é outro fator de risco para o coração, caracterizando-se pelo descontrole nos níveis de açúcar no sangue, provocado pela incapacidade do organismo de produzir e captar a insulina para dentro das células e consequentemente metabolizar a glicose. Esse processo também favorece o surgimento de placas de gordura e outras substâncias nas paredes das artérias, diminuindo o fluxo sanguíneo. Ou seja, cria-se um círculo vicioso no organismo, no qual a obesidade retroalimenta e potencializa os riscos de diabetes e patamares elevados de gordura no sangue, tudo convergindo para uma constante e crescente ameaça à saúde cardiovascular.

Esses problemas são mais graves quando a ingestão excessiva de açúcar é associada a hábitos alimentares inadequados no seu todo e à vida sedentária. Esta é uma combinação que aumenta muito os riscos de eclosão de doenças cardiovasculares, como o infarto e acidentes vasculares cerebrais.

Sem dúvida, o açúcar torna as sobremesas, biscoitos e bebidas mais saborosos. Também se relaciona sua ingestão à produção de serotonina, neurotransmissor relacionado à regulação do sono e do humor. Porém, para desfrutar com saúde os seus agradáveis efeitos positivos, é preciso consumi-lo com moderação e bom senso, bem como manter bons hábitos de alimentação e vida. O exagero pode ser muito amargo para o coração.

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