19 de abril de 2024 - SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Embora o Brasil tenha se tornado a segunda nação a adotartodas as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o combate aotabagismo e reduzido o percentual de fumantes, o vício mata 428 pessoas por diae é a causa de 12,6% de todos os óbitos ocorridos no País, conforme dados doInstituto Nacional de Câncer (Inca). Ao todo, 156.216 vidas seriam preservadasanualmente se o hábito fosse abolido.

 

"O Dia Nacional de Combate ao Fumo, 29 de agosto, éoportuno para lembrarmos a gravidade do tabagismo, que matou 27.833 pessoas decâncer do pulmão, em 2017, e 34.999 de doenças cardiovasculares, em 2015",alerta o médico José Francisco Kerr Saraiva, presidente da Sociedade deCardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), citando números do Inca.

 

O cardiologista explica que o tabaco agride o endotélio(parede de células que recobre os vasos sanguíneos) e interfere na produção deóxido nítrico, tornando as artérias mais suscetíveis à formação de placasateroscleróticas, uma das grandes causas do infarto. "O mecanismo decontração e relaxamento das artérias também é afetado, o que dificulta acirculação sanguínea", afirma o especialista. O cigarro também acelera aoxidação do colesterol e, em associação à pílula anticoncepcional, podeaumentar o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC) em mulheres. Nenhumaquantidade de cigarros é segura. Apenas um já pode causar diversos malefícios àsaúde.

 

Terapias antitabagismo e o nocivo cigarro eletrônico

 

Segundo o Ministério da Saúde, mais de quatro mil unidadesde saúde oferecem tratamento contra o tabagismo e, entre 2005 e 2016, cerca de1,6 milhão de brasileiros adotaram esse recurso terapêutico. É um mito, porém,que o cigarro eletrônico seja uma terapia adequada para o abandono do vício,pois também é nocivo à saúde e não deve ser utilizado. Trabalho mostrando seusmalefícios foi apresentado este ano no Congresso da Socesp, em junho, pelomédico Márcio Gonçalves de Sousa, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia,especialista em tratamento do tabagismo pela Mayo Clinic (2010) e doutor emCardiologia pelo INCOR-FMUSP.

 

O especialista citou estudos que mostram efeitos nocivos docigarro eletrônico, que é proibido pela Anvisa no Brasil, mas, a despeito detal restrição, vendido praticamente de modo livre e sem fiscalização. O vaporque ele produz contém substâncias cancerígenas e pode causar danos aos pulmõese ao coração. Lembrando que 90% dos fumantes começam a fumar antes dos 19 anos,o médico salientou que a utilização do cigarro eletrônico pelos jovens é um risco,porque também seduziria os adolescentes e os induziria a um novo vício. 

 

Por outro lado, o tratamento medicamentoso dos fumantes,prescrito e feito com acompanhamento médico, é indicado e contribui para queabandonem o vício. Márcio Gonçalves de Souza afirmou que é muito importantecombater o tabagismo, nocivo à saúde, enfatizando que "a indústria damorte adiciona cada vez mais substâncias aos cigarros para tornar mais rápida eeficiente a entrega de nicotina ao cérebro, potencializando o vício".

 

Boas notícias

 

Dr. José Francisco Kerr Saraiva observa, por outro lado, quese deve comemorar os avanços, citando o fato de o Brasil ter se tornado osegundo país a adotar todas as recomendações da OMS para o combate aotabagismo, conforme o Relatório Sobre a Epidemia Mundial do Tabaco, divulgadoem 26 de julho. Apenas a Turquia havia conquistado tal posição anteriormente.Dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para DoençasCrônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) revelam que, em 2018, 9,3% dosbrasileiros afirmaram ter o hábito de fumar. Em 2006, ano da primeira edição dapesquisa, esse percentual era de 15,7%. Nos últimos 13 anos, a populaçãoentrevistada reduziu em 40% o consumo do tabaco.

 

"Avanço relevante também foi a entrada em vigor, há dezanos, da Lei Antifumo no Estado de São Paulo, que tem a maior população doPaís", salienta o presidente da Socesp, afirmando: "Devemos comemoraresse importante aniversário, considerando que, nos primeiros oito anos devigência da norma, os consumidores de cigarros na capital paulista diminuíramde 18,8% dos paulistanos, em 2009, para 14,2%". A lei, que entrou em vigorno mês de agosto de 2009, proibiu fumar em lugares fechados.

 

Sobre a SOCESP

 

A Socesp - Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo éuma entidade sem fins lucrativos, fundada em 1976. Regional da SociedadeBrasileira de Cardiologia e Departamento de Cardiologia da Associação Paulistade Medicina, conta com cerca de 8 mil sócios. Os principais objetivos da Socespsão contribuir para a atualização dos cardiologistas do estado e difundir oconhecimento científico gerado pela própria Socesp aos profissionais da saúdeque atuam na Cardiologia e para a população.

  

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